A ciência deu um passo histórico na área da oncologia: em 2026, terão início os primeiros testes em humanos da LungVax, a primeira vacina do mundo desenvolvida para prevenir o câncer de pulmão. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Oxford em parceria com a University College London, recebeu um investimento de aproximadamente R$ 13 milhões (£2 milhões) e inaugura uma abordagem inédita no combate ao câncer.
Diferentemente das vacinas já estudadas até agora — majoritariamente terapêuticas e baseadas em RNA mensageiro — a LungVax foi criada para atuar antes do surgimento do tumor. A tecnologia treina o sistema imunológico para identificar e eliminar células pulmonares que começam a apresentar alterações suspeitas, impedindo que evoluam para um câncer.
O câncer de pulmão permanece, há três décadas, como o tipo que mais causa mortes no mundo, o que reforça a relevância da nova estratégia.
De acordo com Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as vacinas em estudo até hoje têm como objetivo principal estimular o organismo de pacientes já diagnosticados a combater o tumor. A LungVax, porém, propõe um caminho totalmente diferente: atuar de forma preventiva e reduzir a chance de o câncer se manifestar no futuro.
