Um dos maiores problemas que a população baiana vem enfrentando nos últimos anos, é com a lentidão no sistema de transferência de pessoas doentes para o atendimento médico no Estado, através da CER (Central Estadual de Regulação). Milhares de pacientes aguardam por meses ou anos, na fila de espera por uma vaga, seja para realizar exames ou mesmo para serem internadas.
Neste sábado (2), a secretária de Saúde, Roberta Santana, afirmou que o governo do Estado está tomando algumas iniciativas para mudar essa realidade, com ofertas de mais leitos a partir da inauguração de novos hospitais e isso vai acelerar as transferências dos pacientes para o atendimento.
Em nota enviada à imprensa, a Sesab(Secretaria de Saúde da Bahia), informou que, até as 16h de ontem, mais de 450 pessoas foram transferidas para unidades da capital e interior, por meio de um mutirão da Central de Regulação.
Durante o evento, a secretária destacou o que está sendo feito para melhorar o atendimento aos pacientes.
“Na próxima segunda-feira (4), vamos inaugurar o Hospital Ortopédico do Estado, ampliando a rede em 212 leitos. Ele vem contribuir decisivamente com uma das maiores demandas da regulação, que é a ortopedia. Recentemente inauguramos o Hospital Estadual 2 de Julho, cuja referência assistencial é a clínica médica. Nos próximos 45 dias, o governador fará a entrega do Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, fortalecendo o Extremo Sul. Temos outras frentes como o home care, que possibilita abrir leitos a partir do serviço de desospitalização, e novos contratos com unidades municipais, filantrópicas e privadas, apenas para citar algumas ações“, disse Santana (Foto: Saúde/GovBa).
Ao lado de diretores dos principais hospitais da rede estadual, Roberta Santana marcou presença durante a ação promovida pelo CER. A informação é de que, nos primeiros 60 dias de 2024, a Regulação já avaliou mais de 44 mil pacientes de todos os municípios baianos.
“Com a presença dos diretores médicos e gerais dos maiores hospitais estaduais, conseguimos, simultaneamente, integrar as equipes e ampliar a resolutividade. No dia a dia, já regulamos 50% dos pacientes em até 24 horas e 80% em até 72 horas. Situações específicas, como a neurocirurgia, cujo número de especialistas é reduzido tanto na rede pública quanto na privada, o tempo de permanência pode superar as 72 horas, bem como idosos com múltiplas comorbidades”, explicou Mônica Hupsel, superintendente de Gestão dos Sistemas de Regulação da Atenção à Saúde.