O benefício visa custear despesas com transporte, alimentação e hospedagem de pacientes e acompanhantes que necessitam se deslocar para realizar sessões de radioterapia
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (22) um auxílio financeiro para custear transporte, alimentação e hospedagem de pacientes do SUS que precisam viajar para sessões de radioterapia. O benefício, parte do programa Agora Tem Especialistas, prevê diárias de até R$ 300 para pacientes e acompanhantes.
Segundo o governo, o objetivo é evitar que o tratamento seja interrompido por falta de recursos. Hoje, pacientes percorrem em média 145 km até o serviço mais próximo, e 40% precisam se tratar fora da região onde vivem.
O secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, informou que o auxílio será de R$ 150 por pessoa, com até quatro pagamentos por ciclo de tratamento, que dura no máximo 28 dias. Os repasses serão feitos aos estados e municípios.
O pacote inclui ainda R$ 156 milhões anuais para ampliar serviços de radioterapia, elevando o investimento total no tratamento do câncer no SUS a R$ 907 milhões por ano.
A nova portaria cria também a Assistência Farmacêutica Oncológica, com custeio federal integral de medicamentos. As compras centralizadas devem reduzir em até 60% os preços.
Os investimentos em remédios oncológicos cresceram 60%, passando de R$ 3 bilhões em 2022 para R$ 4,8 bilhões em 2024. O medicamento trastuzumabe entansina, usado contra o câncer de mama, teve queda de mais de 50% no preço, economizando R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso a 2 mil pacientes.
O programa ainda incentiva clínicas e hospitais privados a destinar 30% da capacidade ao SUS por três anos, reduzindo desigualdades regionais e o tempo de espera.
Outra frente prevê a formação de 3 mil novos especialistas, uso de telessaúde e ações itinerantes de prevenção e diagnóstico, como as 28 carretas da saúde da mulher que percorrem 22 estados neste Outubro Rosa.
Desde o início do programa, 11 aceleradores lineares foram entregues e R$ 134 milhões investidos na compra de 13 novos. Até 2026, a previsão é chegar a 121 equipamentos, com capacidade para atender 84,7 mil novos pacientes por ano.




